"Quem come do fruto do conhecimento é sempre expulso de algum paraíso" (Melanie Klein).
Não posso deixar de dizer duas coisinhas rápidas considerando o contexto dessas palavras de Melanie Klein: Nem todo conhecimento merece ser conhecido, sob pena de sermos expulsos do paraíso maravilhoso que nos acolhia mesmo não tendo o conhecimento que resulta na expulsão. Saber menos muitas vezes significa ser mais sábio.
Por outro lado, o conhecimento abre nossos olhos e nos leva a romper com os limites de muitos paraísos. Às vezes nem precisamos decidir sair porque somos expulsos antes. Quando isso acontece quase sempre experimentamos a liberdade que não conhecíamos no paraíso que tanto valorizávamos. Cada um de nós deve discernir o que vale a pena conhecer e o que vale a pena ignorar. Ficar dentro ou fora do paraíso é uma decisão nossa. Mas é bom conhecer os valores e as implicações de nossas decisões, pois somos livres para escolher, mas não somos livres para escolher as consequências.
“Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido” (Sl 66.18). O pecado nos assedia, nos cerca com a intenção de dominar, nos persegue com insistência, nos importuna. Somos atraídos ao pecado pelos nossos próprios desejos; e o pecado uma vez consumado, gera a morte. Mesmo sabendo disso, acalentamos o pecado como uma mãe que embala o seu filhinho para dormir. Quando isso acontece perdemos para o pecado, porque ele acontece dentro antes que fora de nós. Devemos perder todo cinismo em relação ao pecado e tratá-lo com a dureza que a santidade de Deus requer. É uma luta que não acaba. Às vezes parece que já vencemos a tendência de errar, mas não demora e percebemos que somos propensos ao mal. Não é sem razão que a Bíblia usa expressões fortes como: confessar, cortar, matar, negar, quando fala de nosso trato com o pecado. Não devemos acalentar jamais o pecado em nosso coração; ele quebra nossa comunhão com Deus, com as pessoas, e agita negativamente o nosso interior, prov
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