"Quem come do fruto do conhecimento é sempre expulso de algum paraíso" (Melanie Klein).
Não posso deixar de dizer duas coisinhas rápidas considerando o contexto dessas palavras de Melanie Klein: Nem todo conhecimento merece ser conhecido, sob pena de sermos expulsos do paraíso maravilhoso que nos acolhia mesmo não tendo o conhecimento que resulta na expulsão. Saber menos muitas vezes significa ser mais sábio.
Por outro lado, o conhecimento abre nossos olhos e nos leva a romper com os limites de muitos paraísos. Às vezes nem precisamos decidir sair porque somos expulsos antes. Quando isso acontece quase sempre experimentamos a liberdade que não conhecíamos no paraíso que tanto valorizávamos. Cada um de nós deve discernir o que vale a pena conhecer e o que vale a pena ignorar. Ficar dentro ou fora do paraíso é uma decisão nossa. Mas é bom conhecer os valores e as implicações de nossas decisões, pois somos livres para escolher, mas não somos livres para escolher as consequências.
Há meses minha esposa plantou em nosso quintal um pé de mandacaru. Ontem, o arranquei sem querer. Mexi na terra distante dele uns dois metros e descobri sua enorme raíz que se espalha em várias direções. O mandacaru é um cacto que nasce e cresce no campo sem qualquer trato. Até sobre telhados de casas rurais pode-se ver pé de mandacaru. O crescimento fica na dependência dos nutrientes do solo em que germina. Ele é típico da caatinga e pode atingir 5 até 6 metros de altura e sabe viver em ambiente de clima seco, com quantidades de água reduzidas. Suas raízes são responsáveis pela captação de água no lençol freático. O miolo, contém vasos condutores da água e outras substâncias vitais à planta. A parte externa é protegida por uma grossa cutícula que impede excessiva perda de água por transpiração. Sendo nordestino conheço bem essas características do mandacaru. Mas fiquei surpreso com o tamanho de sua raíz e tirei algumas lições: 1. Para viver nesse mundo árido precisamos saber...
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