Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha? Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria. Contra os filhos de Edom, lembra-te, SENHOR, do dia de Jerusalém, pois diziam: Arrasai, arrasai-a, até aos fundamentos. Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago do mal que nos fizeste. Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra. (Salmo 137).
Este salmo fala do cativeiro de Judá na Babilônia, no século VI a.C. O texto mostra a tristeza dos exilados longe da pátria de origem. Os rios referidos podem ser o Tigre e o Eufrates, onde eles tristemente se assentavam às suas margens para chorar de saudade da Terra Santa (Jerusalém). A desmotivação era tamanha que não tocavam seus instrumentos, pelo contrário, penduravam suas harpas nas árvores e não atendiam às solicitações dos babilônios que pediam canções judaicas. Eles criam que não deviam cantar louvores a Deus em uma terra onde seus habitantes não criam em seu Deus. O apego a Jerusalém como lugar santo onde estava a Casa de Deus (o Templo) era tal, que chegavam a afirmar que preferiam ter a mão direita mirrada e perder a fala do que esquecer de Jerusalém. Nenhuma alegria se comparava ao prazer de habitar em Jerusalém. Pediam que Deus castigasse Edom, povo inimigo, e que os filhos dos babilônios fossem esmagados contra uma pedra.
Este salmo mostra uma espiritualidade de gueto. Ele fala exatamente como não deve ser nossa espiritualidade. Os judeus só conseguiam expressar a fé no lugar sagrado, na Terra Santa, o que equivale dizer que eles tinham uma espiritualidade territorial onde a relação com Deus era restringida àquele espaço. Eles não conseguiam expressar a alegria de louvar a Deus diante dos incrédulos babilônios e ficaram inoperantes e mudos diante deles. Aqueles que não comungavam com eles, eram inimigos e eram odiados ao ponto de desejarem que os filhos dos estrangeiros, que no caso aqui eram eles, visto estarem no exílio, fossem esmagados contra a pedra.
À luz do Novo Testamento esse salmo já caducou e não deve expressar nossa espiritualidade. De acordo com o Evangelho de Jesus não há terra santa para o cristão, pois Deus é espírito e pode ser adorado em qualquer lugar, dia e horário, sem nenhum ritual aprendido. Conforme Jesus, é no meio dos contrários que nossa fé deve ser notória e ninguém deve ser tido como nosso inimigo, pelo contrário, a esses que assim se declarem contra nós, devemos amar e por eles orar. Ser de Jesus, é ser dele na vida como ela é em todas as circunstâncias, porque "andamos em novidade de vida" sem nenhuma necessidade estrutural, metodológica, ritualística ou territorial. Quem anda com Deus anda com todos em todos os lugares todos os dias, porque todas as coisas são puras para os puros e todas as pessoas são amadas por aqueles amam a Deus e sabem que são amadas por ele.
Este salmo fala do cativeiro de Judá na Babilônia, no século VI a.C. O texto mostra a tristeza dos exilados longe da pátria de origem. Os rios referidos podem ser o Tigre e o Eufrates, onde eles tristemente se assentavam às suas margens para chorar de saudade da Terra Santa (Jerusalém). A desmotivação era tamanha que não tocavam seus instrumentos, pelo contrário, penduravam suas harpas nas árvores e não atendiam às solicitações dos babilônios que pediam canções judaicas. Eles criam que não deviam cantar louvores a Deus em uma terra onde seus habitantes não criam em seu Deus. O apego a Jerusalém como lugar santo onde estava a Casa de Deus (o Templo) era tal, que chegavam a afirmar que preferiam ter a mão direita mirrada e perder a fala do que esquecer de Jerusalém. Nenhuma alegria se comparava ao prazer de habitar em Jerusalém. Pediam que Deus castigasse Edom, povo inimigo, e que os filhos dos babilônios fossem esmagados contra uma pedra.
Este salmo mostra uma espiritualidade de gueto. Ele fala exatamente como não deve ser nossa espiritualidade. Os judeus só conseguiam expressar a fé no lugar sagrado, na Terra Santa, o que equivale dizer que eles tinham uma espiritualidade territorial onde a relação com Deus era restringida àquele espaço. Eles não conseguiam expressar a alegria de louvar a Deus diante dos incrédulos babilônios e ficaram inoperantes e mudos diante deles. Aqueles que não comungavam com eles, eram inimigos e eram odiados ao ponto de desejarem que os filhos dos estrangeiros, que no caso aqui eram eles, visto estarem no exílio, fossem esmagados contra a pedra.
À luz do Novo Testamento esse salmo já caducou e não deve expressar nossa espiritualidade. De acordo com o Evangelho de Jesus não há terra santa para o cristão, pois Deus é espírito e pode ser adorado em qualquer lugar, dia e horário, sem nenhum ritual aprendido. Conforme Jesus, é no meio dos contrários que nossa fé deve ser notória e ninguém deve ser tido como nosso inimigo, pelo contrário, a esses que assim se declarem contra nós, devemos amar e por eles orar. Ser de Jesus, é ser dele na vida como ela é em todas as circunstâncias, porque "andamos em novidade de vida" sem nenhuma necessidade estrutural, metodológica, ritualística ou territorial. Quem anda com Deus anda com todos em todos os lugares todos os dias, porque todas as coisas são puras para os puros e todas as pessoas são amadas por aqueles amam a Deus e sabem que são amadas por ele.
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