Desde Adão e Eva tentamos esconder os nossos pecados de Deus, das pessoas e até de nós mesmos. Não adianta, pois “o vosso pecado vos há de achar” (Nm 32.23). O nosso pecado é um flagrante diante de Deus e ele nos incomoda interiormente até que dele nos livremos. O pecado é doce na boca e amargo no estômago. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13). A Bíblia nos ensina a odiar o pecado sempre.
O profeta Samuel por ordem de Deus mandou que o rei Saul destruísse totalmente o povo amalequita sem nada lhe poupar, porque este dificultou a passagem de Israel pelo deserto quando o mesmo saiu do Egito (1 Sm 15). Saul convocou duzentos e dez mil homens para essa tarefa. Ele destruiu toda coisa vil e desprezível, mas poupou o rei, e o melhor das ovelhas e dos bois, e os animais gordos, e os cordeiros, e o melhor que havia. Isso fez com que Deus impedisse Saul de continuar como rei.
Quando Samuel veio ao encontro de Saul para anunciar essa decisão divina, o rei o saúda dizendo ter cumprido a ordem de Deus. “Então, disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos e o mugido de bois que ouço?” Saul apresentou justificativas inaceitáveis e ouviu de Samuel que para Deus o obedecer é melhor do que o sacrificar. A rebelião de Saul foi como o pecado de feitiçaria e sua obstinação como idolatria. Ele admitiu ter pecado e atendido à voz do povo e não à palavra de Deus.
Observamos aqui que a obediência parcial não agrada a Deus, que nossas melhores ofertas não lhe agradam quando as mesmas antes foram rejeitadas pelo Senhor. Notamos também que o balido e o mugido de nossos pecados vão nos denunciar mais cedo ou mais tarde. Por isso, hoje é oportuno considerar: Há algum balido ou mugido ecoando em minha consciência?
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