Houve um período de obscurantismo na história do povo de Israel, conhecido como o tempo dos juízes. Isso aconteceu depois da morte do grande líder Josué que liderou a conquista da Terra Prometida e foi até a ascensão de Saul, o primeiro rei da nação. Esse período durou cerca de 300 anos, entre 1400-1100 a.C. aproximadamente.
“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25). A leitura do livro de Juízes parece uma montanha russa, pelos altos e baixos na vida da nação. O povo pecava e por isso era oprimido por algum povo pagão vizinho que vinha, dominava, saqueava, até que o povo clamava e Deus levantava um juiz que libertava o povo daquela situação. Isso acontecia repetidamente.
Como não existia uma liderança ordeira que mostrasse a direção ao povo, cada um se sentia no direito de proceder como melhor lhe convinha. Talvez, por isso mesmo foi que a nação oscilava tanto em seu estilo de vida, pois sem direção o povo se corrompe. Qualquer povo precisa de dirigente e administrador.
Mas, tirando o contexto histórico daqueles dias, acho o versículo citado oportuno para uma aplicação no modo de ser da igreja. Naqueles dias não havia rei, mas hoje tem cacique demais para poucos índios; hoje os pastores trocaram função por posição, servir por autoridade sobre o rebanho. Muitas ovelhas (crentes) têm no pastor aquele que pode lhes dar a última palavra quanto a vontade de Deus. Isso não deve ser assim.
Está na hora de cada um fazer o que acha mais reto. É claro que existem critérios, e as Escrituras Sagradas são a luz que iluminam nossos caminhos. Mas, me refiro ao direito que cada pessoa tem de proceder conforme sua consciência, sua fé, sua convicção. Afinal de contas a Bíblia diz que cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Ninguém cresce nem amadurece sendo tratado como criança.
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