Pular para o conteúdo principal

O segundo tempo da vida

Estou com o livro “A Arte de Virar o Jogo no Segundo Tempo da Vida”, de Bob Buford – Editora Mundo Cristão. Vou lê-lo agora. Sempre ouvi dizer que a vida começa aos quarenta. A vida muda nesse período. Começamos a ver tudo de forma diferente. Quando somos crianças e jovens imaginamos a vida como uma eternidade pela frente. Quando chegamos aos quarenta, essa romântica eternidade se transforma num tempo breve. A Bíblia já me lembrava disso: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”. O mundo é grande, a vida é curta, o tempo é breve.

Estou no segundo tempo da vida. O tempo está cada vez mais abreviado. Em breve completarei 47 anos, e a Bíblia diz: “Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.10). Daqui para frente o cansaço estará mais presente. Tenho que saber contar os meus dias com sabedoria, não apenas meus anos (Sl 90.12). É tempo de mudança.

Para um time que está jogando o segundo tempo de uma partida, cada minuto é muito preciso para manter a vitória ou virar o placar. Isso se aplica diretamente ao nosso viver. O tempo passa e não pode ser jamais recuperado. Viver bem cada dia, aproveitar e usar o tempo corretamente é um dos segredos do viver com qualidade.

Estou numa crise ministerial, cansado e querendo distância do que venho fazendo há muito tempo. “Não fui desobediente à visão celestial” (At 26.19), sempre fiz tudo com convicção e entusiasmo, mas estou precisando de um “time”. O segundo tempo da partida da vida começou, e não quero terminar perdendo. Deus me ajude.

Em Cristo, o Amado, em quem sou eternamente amado, Antonio Francisco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O teu Criador é o teu marido

“Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra” (Is 54.5). Esta frase prendeu minha atenção nesta tarde: “o teu Criador é o teu marido”. Deus comparou-se várias vezes com um marido, sendo Israel a esposa. No Novo Testamento Jesus é o noivo e a igreja a noiva. Ele fez isso para falar de seu amor, fidelidade, e cuidado pela nação israelita. Israel foi ao cativeiro por infidelidade ao seu Deus. Isso aconteceu várias vezes. Mas, Deus se manteve fiel ao seu povo e nunca o abandonou. Pelo contrário, ele disse: “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor” (Is 54.1). Você já imaginou ter Deus como seu marido, seja você mulher ou homem? Deus mostra seu amor por Israel como um marido que escolhe uma mulher estéril e lhe promete muit...

Lições do Mandacaru

Há meses minha esposa plantou em nosso quintal um pé de mandacaru. Ontem, o arranquei sem querer. Mexi na terra distante dele uns dois metros e descobri sua enorme raíz que se espalha em várias direções. O mandacaru é um cacto que nasce e cresce no campo sem qualquer trato. Até sobre telhados de casas rurais pode-se ver pé de mandacaru. O crescimento fica na dependência dos nutrientes do solo em que germina. Ele é típico da caatinga e pode atingir 5 até 6 metros de altura e sabe viver em ambiente de clima seco, com quantidades de água reduzidas. Suas raízes são responsáveis pela captação de água no lençol freático. O miolo, contém vasos condutores da água e outras substâncias vitais à planta. A parte externa é protegida por uma grossa cutícula que impede excessiva perda de água por transpiração. Sendo nordestino conheço bem essas características do mandacaru. Mas fiquei surpreso com o tamanho de sua raíz e tirei algumas lições: 1. Para viver nesse mundo árido precisamos saber...

Quando o pecado é acalentado

“Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido” (Sl 66.18). O pecado nos assedia, nos cerca com a intenção de dominar, nos persegue com insistência, nos importuna. Somos atraídos ao pecado pelos nossos próprios desejos; e o pecado uma vez consumado, gera a morte. Mesmo sabendo disso, acalentamos o pecado como uma mãe que embala o seu filhinho para dormir. Quando isso acontece perdemos para o pecado, porque ele acontece dentro antes que fora de nós. Devemos perder todo cinismo em relação ao pecado e tratá-lo com a dureza que a santidade de Deus requer. É uma luta que não acaba. Às vezes parece que já vencemos a tendência de errar, mas não demora e percebemos que somos propensos ao mal. Não é sem razão que a Bíblia usa expressões fortes como: confessar, cortar, matar, negar, quando fala de nosso trato com o pecado. Não devemos acalentar jamais o pecado em nosso coração; ele quebra nossa comunhão com Deus, com as pessoas, e agita negativamente o nosso interior, prov...